sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

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 O amor é uma espécie de preconceito. A gente ama o que precisa, ama o que faz sentir bem, ama o que é conveniente. Como pode dizer que ama uma pessoa quando há dez mil outras no mundo que você amaria mais se conhecesse? Mas a gente nunca conhece."

Charles Bukowski

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

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para nina

[UMA CARTA PARA NINA]
Clarice Freire


Faz calor. Mas estou num terraço de chão frio que equilibra o ar comigo. Está quente, mas venta de leve nas folhas amareladas. Fico assistindo a janela como se fosse TV, em uma cadeira cativa, cativando suspiros que ninguém vê. Você sabe como sou melancólica às tardes, Nina. Comendo suspiros saídos do forno. O dia está um forno, com cheiro de fornada de pão, mas é amarelado e isso tem um lado tão gostoso.
Vai chover que eu sei. Eu sou do interior, eu sei das coisas. Por isso minha carta vai ser curta. Quando chove a varanda molha inteira e eu não gosto de escrever com o barulho da TV lá dentro. E o cachorro não vive sem a TV ligada, você sabe, Nina. Se não tem com o que se entreter, come todos os suspiros. Só escrevo na varanda. Será que dá tempo?
Como vai Nevinha, Lourdes, Oscar, Cabo Jaime? Nevinha leciona pros meninos ainda? Lourdes ainda costura os calangos na cadeira antiga? E Oscar, come? O Cabo Jaime ainda canta na rádio?

Mande notícias pelo vento, por favor. Eu prefiro. As coisas por ele chegam mais arejadas e transparentes.

Certifique-se que não vai chover, por favor. Você também é do interiore sabe das coisas. Se as noticias se molham e derretem, o que vai ser do meu relicário?

Eu vou bem. Já senti saudade, já senti ciúmes, já me senti sozinha demais; daí distribuí suspiros pelos cantos da casa. Já senti frio e fome também, mas fiz e comi suspiros pelos cômodos. Como é cômodo comer essas delícias de forno! Agora estou bem.

Um segundo, está chovendo, vou desligar a janela. Me espere.

Voltei. Não tenho muito tempo, a chuva vai molhar a varanda. Vim só me despedir e pedir que você me mande farinha de trigo, por favor. Mas coloque num saco cheio, saco vazio o vento leva e não volta mais, você sabe, Nina.

Aproveite e se encha de amores você também. Senão você não voa e vai morrer a pé. Estou avisando. Seu Euclides me disse que você anda amarelada.
Mande lembranças a Petronila. As sandálias de algodão que ela esqueceu aqui parecem nuvem e quase que eu as deixo sair pela janela. Peça pra ela vir buscar.

Com amor e letra de forma,

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

para ninna

Ei Fernanda......!!!!!!!!!!
Sinto saudades de nossas conversas, por onde serà que você anda ?

pra isa

Por favor, não me analise
Não fique procurando
cada ponto fraco meu
Se ninguém resiste a uma análise
profunda, quanto mais eu!
Ciumenta, exigente, insegura, carente
toda cheia de marcas que a vida deixou:
Veja em cada exigência
um grito de carência,
um pedido de amor!

Amor, amor é síntese,
uma integração de dados:
não há que tirar nem pôr.
Não me corte em fatias,
(ninguém abraça um pedaço),
me envolva todo em seus braços
E eu serei perfeita, amor!
-Mirthes Mathias

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Para isa com amor.

Me sinto culpada por sua perda, me sinto vazia......sensação estranha, já que eu deveria me sentir ausente.
Eu estava ausente, não estava? Me diga que: sim,........ me diga que sim.
Sensações passadas  voltam pra me assombrar.
Eu já me sentia livre.....te sentia livre.
Me assalta na noite solitária sua presença indesejada, ....amada.
Eu te quis com toda força que pude reunir e para o bem de sua alma eu te rejeitei.
Fechei os ouvidos para sua música, virei meu rosto para não te ver, apressei meus passos, mudei caminhos, me encolhi em outros braços...............Eu fugi por você.
Me sinto culpada, fracassada.
Por eu estar aqui ainda desejando te ver, num momento qualquer, num encontro qualquer, .....um segundo, que seja por um segundo.
que seja por um segundo;